Syngenta active in Brazilian delegation in Montreal (8/6/2005)

Lula, the president who once said it would be "utter insanity" to release transgenics, can now claim credit for not just releasing transgenics in Brazil, but for helping enable global transgenic pollution.

And just as Lula's legalisation of transgenics in Brazil is so extremely corporate-friendly that it's known as "Monsanto Law", it now turns out that that other GM giant, Syngenta, was very active in the Brazilian delegation that derailed the biosafety negotiations in Montreal.

So now Lula's national and global strategy for the future of food and agriculture is, apparently, indivisible from that of Monsanto and Syngenta.

As far as Brazil's erstwhile allies in the developing world are concerned, that really is insanity.

Here's a very, very quick and rough and ready translation of this important message from the Campaign for a GM Free Brazil. If we can bring you anything better, we will.

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From: Campanha Livre de Transgenicos [email protected]
Reply-To: [email protected]
Date: Fri, 03 Jun 2005 19:48:55 -0300
To:
[email protected]
Subject: [Boletimtransgenicos] BOLETIM 255 - POR UM BRASIL LIVRE DE TRANSGÃSNICOS

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POR UM BRASIL LIVRE DE TRANSGÃSNICOS
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Número 255 - 03 de junho de 2005

Car@s Amig@s,

[Brazil and NZ opposed adoption of clear rules re identification of exports of transgenic products. (article 18-2(a) of protocol).]

O Brasil e a Nova Zelândia foram os únicos dois paises do mundo que se opuseram à adoção de regras claras para a identificação de exportações de alimentos e outros produtos transgênicos. (Trata-se especificamente da

implementação do Artigo 18-2(a) do Protocolo de Biossegurança, sobre o "manuseio, transporte, embalagem e identificação" de produtos transgênicos destinados ao consumo como alimentos, ração ou para o processamento).

[NZ spoke at length on 3rd June of impossiblility of adopting these rules.

Brazil merely lamented absence of consensus on this point, while saying how well the rest of the agenda went.

Brazil said we have to proceed step by step slowly with lots of negotiation...]

No Plenário final da Reunião das Partes (MOP) do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança, hoje (03/06) à tarde em Montreal, Canadá, a Nova

Zelância fez um discurso justificando sua "impossibilidade de adotar a decisão" sobre estas regras. O Brasil apenas declarou sua oposição à

proposta, lamentando formalmente a falta de consenso na decisão sobre identificação de produtos transgênicos no comércio internacional, mas ressaltando o progresso que houve em outros outros pontos da agenda da MOP, (bem menos polêmicos).

[Brazil also criticised strongly, without explanation, the manner in which the meeting was conducted.

No reference to protection of megadiveristy or principle of precaution.]

O representante do Brasil (Min. Hadil Fontes da Rocha Vianna), afirmou que a implementação do Protocolo tem que seguir um ritmo "adequado, realista e passo-a-passo", em um processo que exigirá muita negociação. Surprendeu a todos ao concluir com uma acusação genérica e não explicada, afirmando guardar "fortes reservas" quanto à maneira como esta reunião foi conduzida.

Nenhuma referência à proteção da megabiodiversidade brasileira ou ao princÖpio da precaução entrou no discurso do diplomata.

[So because of lack of consensus of two countries, the decision was rejected by the meeting.]

Pela falta de consenso negado por apenas esses dois paÖses, a decisão simplesmente foi rejeitada pela Reunião das Partes.

[EU, Bulgaria, Rumainia, Mexico, Panama criticised the failure of the meeting to reach agreement on this key aspect of the Protocol.]

Em seguida os 25 paÖses da União Européia, com Bulgária e Romênia, seguidos pelo México e Panamá, criticaram e lamentaram o fracasso da reunião, justamente neste ponto mais central para a implementação do Protocolo.

[Brazil is isolated from the megadiverse countries and the Like-Minded group of countries in CBD, whose next meeting is in March 2006.

At the same time it confronted other members of the G20, who are important allies in the WTO and who wanted the decision at Montreal.]

[O Brasil se isolou, assim, de todos os paÖses dos "PaÖses Afins" e "PaÖses Megadiversos" no âmbito da Convenção da Biodiversidade, cuja prÃ3xima

Conferência das Partes será em Curitiba em março de 2006. Ao mesmo tempo, enfrentou a oposição explÖcita de todos os outros membros do "G-20"

(importante para o Brasil na OMC) participantes das negociações sobre este ponto, como o Egito, a Ã*ndia, a China, Ã*frica do Sul, México e Malásia.]

[This makes a nonsense of Brazil receiving the next meeting of the COP in March 2006 in Curitiba.]

Está criado um grave constrangimento para o Brasil ao receber a Conferência das Partes (COP) daqui a nove meses. Ao convidar todos os paÖses para

Curitiba em março de 2006, o Primeiro Secretário Bernardo Paranhos Velloso não achou mote melhor do que brincar que o melhor de Curitiba, como "capital

ecolÃ3gica do Brasil", é ficar prÃ3xima a Foz do Iguaçu e ao Rio de Janeiro, encorajando assim uma conclusão rápida dos trabalhos da COP.

[So Brasil continues to obstruct any agreement on the key points of the protocol and the CBD so some are saying we need tp make the next meeting not happen in Brazil.]

De fato, se o Brasil continuar obstruindo ostensivamente qualquer acordo sobre os pontos importantes na agenda da Convenção da Biodiversidade e do Protocolo de Biossegurança, o exercÖcio de Curitiba também pode entrar nas

atas oficiais da Convenção como uma perda de tempo e de dinheiro para todos, provocando entre os diplomatas estrangeiros o desejo de simplesmente estar em outro lugar.

[The official delegation of Brazil feels it has defeated a commercial offensive by Europe against the interests of Brazil. But its allies (in the megadiverse and like-minded countries of the developing world) are disgusted. Brazil saw the failure of biosafety merely in terms of international trade.

[Syngenta was very active in the official Brazil delegation.]

A delegação oficial do Brasil em Montreal ainda se sente vitoriosa, pensando ter vencido uma ofensiva comercial da Europa contra os interesses do Brasil. O mal estar e a incredulidade de todos os seus aliados, principalmente os paÖses em desenvolvimento, para os iluminados do Itamaraty, seriam frutos simplesmente de um surto de ingenuidade global. SÃ3 o Brasil percebeu e derrotou o "grande golpe" que é a biossegurança, no âmbito do comércio internacional. Parabéns para a Syngenta, uma das mais ativas e respeitadas

participantes da delegação oficial!


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